quarta-feira, setembro 19, 2007

Conversa de botas batidas.

E foi assim posto em pé que ele caiu em noventa graus do chão, para o chão. Parou de respirar, seus olhos brancos, seu coração não batia mais... silêncio... um último suspiro e ele... sim, ele havia partido. Para onde? Impossível dizer. Um lugar melhor, um lugar pior? Ninguém sabe, ninguém nem se atreve a pensar em tamanho conflito se ele estava com os deuses ou com... é, não preciso dizer... ou com ele. Foi imperfeito como todos os outros homens, mas no fundo era bom, bom apesar de egoísta, mas todo homem o é. Existe essa cobrança da sociedade para o homem ser um grandioso homem, mas o que esse homem não enxerga é que para ser grandioso, basta ser quem ele é e defender isso. Não é preciso se mudar para se encontrar, você pode ir a todos os lugares do mundo, mas realmente só vai se encontrar em você mesmo e quando nessa vida é possível ver quem você é analisando do lado de dentro, do SEU lado de dentro essa é a maior das coisas, o grande acontecimento da vida não é o sucesso profissional, não é achar o grande amor da sua vida, não é dar cinco voltas ao mundo é apenas se achar no meio de tanta coisa acontecendo, de tantas pessoas nascendo e morrendo, é saber o que é você. Se ele conseguiu isso? Bom, não tenho resposta. Partiu jovem, não o conhecia mais, não sabia mais quem era então como direi? Quem sou eu para julgar o que agora é um cadáver?

Um comentário:

Miyasaki disse...

o grande acontecimento da vida(...)é apenas se achar no meio de tanta coisa acontecendo, de tantas pessoas nascendo e morrendo, é saber o que é você.

adorei brankinha!
que saudade de vc!
miya